Argentina trancada tem número de casos recordes de COVID-19 e o Brasil com aglomerações segue em queda?
Uma publicação que circula pelo Instagram de alguns ativistas, afirma que a Argentina, trancada, tem número de casos recordes de COVID-19 e o Brasil “escancarado e aglomerado” tem números de óbitos em queda.
No início de março a pandemia do novo coronavírus chegou há alguns países, inclusive na Argentina e no Brasil, após a confirmação do primeiro caso da doença o Presidente da Argentina, Alberto Fernández implementou no dia 20 de março uma quarentena nacional e obrigatória. Além disso, agrupou uma equipe de infectologistas e passou a falar aos argentinos sobre a importância da prevenção da COVID-19. (Saiba mais aqui).
O uso de máscaras foi logo popularizado, o fluxo de pessoas fora de casa se tornou cada vez mais raro. Os voos domésticos e internacionais foram suspensos o uso de transporte público foi restringido, entre outras medidas que reforçaram o isolamento social. Essa quarentena rigorosa adotada pela Argentina desacelerou a propagação do vírus.
Até o mês agosto, segundo informações do site Brasil de Fato, quase 90% dos casos de covid-19 se concentravam em Buenos Aires e na sua área metropolitana, onde vivem cerca de 14 milhões de pessoas, no entanto, quase ainda não havia casos de pessoas infectadas pelo vírus no interior do País.
Em setembro com flexibilização das atividades sem os mesmos protocolos de prevenção contra o vírus que foram aplicados na capital do País e na Província de Buenos Aires os números de casos de infectados pelo novo coronavírus começou a subir no interior. De acordo com o presidente da Sociedade Argentina de Infectologia, Omar Sued, a falta de precaução tornou o interior um terreno fértil para o avanço da COVID-19, segundo reportado da BBC News.
De acordo com o El País, a atual dispersão do vírus pela Argentina levantou a curva da pandemia num momento em que esta cai na maioria dos países latino-americanos como é o caso do Brasil, que nos últimos dias vem apresentando uma estabilidade no número de casos de COVID-19 e redução no número de mortes.
Como já abordado anteriormente pelo Nujoc Checagem, apesar dos números de mortes estarem em estabilidade a situação do Brasil ainda exige cautela, já que o País ultrapassa a faixa dos 5 milhões de infectados pelo novo coronavírus.
Na última quinta-feira (15/10), foi registrado o maior número diário de novos casos: foram 17,09 mil e o recorde de mortes se deu em 8 de outubro, com 515 óbitos registrados em um único dia.
Já no último sábado (17/10), o Brasil registrou oficialmente 24.062 casos confirmados de covid-19 e 461 mortes ligadas à doença nas últimas 24 horas, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde.
Em termos de óbitos, a Argentina até o momento tem o total de 26.716, enquanto que o Brasil tem 154.176 mortes, o que coloca o País em terceiro lugar no ranking de países com uma das maiores taxa de letalidade da doença, enquanto que a Argentina se encontra em sexto lugar. Em relação ao número de infectados a Argentina tem 1.002.649 e 803.952 recuperados, já o Brasil tem 5.251,127 infectados e 4.681,659 recuperados. (Confira aqui o monitoramento da COVID-19 no Brasil e no mundo).
Apesar dos números de casos de COVID-19 terem subido na Argentina a comparação em números absolutos com o Brasil não tem parâmetros. O País ainda está e disparada em relação ao número de casos e óbitos.
O isolamento social é um dos meios mais seguro de controlar a disseminação do novo coronavírus, apesar da quarentena ser um instrumento pesado, que causa grandes prejuízos em muitos países para a reabertura das atividades comerciais é necessário uma série de medidas para garantir uma retomada segura, entre elas evitar grandes eventos e proteger grupos sociais mais vulneráveis.