Estudo mostra relação entre sangue tipo A e casos graves da Covid-19

 Estudo mostra relação entre sangue tipo A e casos graves da Covid-19

A descoberta foi feita por universidades europeias, mas ainda não há dados conclusivos

Alguns internautas têm levantado dúvidas sobre notícia recente de que o sangue do tipo A teria mais probabilidade de desenvolver casos graves da Covid-19. A informação é verdadeira.

A descoberta foi feita em estudo conduzido por universidades europeias e cujos primeiro resultados saíram no início de junho. Os pesquisadores compararam sequências de DNA das vítimas da Covid-19 e de pessoas saudáveis. Os dados do estudo mostraram que pessoas do tipo A tinham um risco até 50% maior de desenvolver casos graves da Covid-19. No outro extremo, pessoas com sangue tipo O representam 35% dos casos graves da doença.

O estudo concluiu que a variação genética que determina o fator sanguíneo é um elemento que pode estar associado à falência respiratória verificada em pacientes graves. Outras variações estão sendo estudadas, como a do Cromossomo 3, que pode estar ligado à ativação do sistema imune.

Sangue: possível relação com a Covid-19. Imagem: Unsplash

Variáveis – A pesquisa ainda precisa ser aprofundada, e é importante salientar que o tipo sanguíneo não é o único fator a determinar se uma pessoa desenvolverá caso grave da doença. Há diversas variáveis envolvidas, como a presença de comorbidades e, possivelmente, outros traços genéticos. O geneticista molecular Andre Franke, da Universidade de Kiel, na Alemanha, comentou que há “novas crianças no quarteirão agora”, referindo-se aos resultados da pesquisa.

Mas de que maneira o fator sanguíneo afeta a resposta do organismo ao novo coronavírus? Por enquanto não há reposta.

Os cientistas especulam que esse fator, juntamente com outros ainda em análise, possa ser o responsável pela resposta exagerada do sistema imune em pacientes graves. A causa que leva à chamada “tempestade de citoquina” em alguns indivíduos, com inflamação maciça e dano aos pulmões, ainda é um ponto de dúvida para os cientistas, que buscam na genética uma possível chave para o enigma.

As pesquisas conduzidas pela equipe que realizou o estudo buscam detectar o perfil genético dos mais propensos a desenvolver casos graves da Covid-19. Elas se somam a outros esforços para combater o novo coronavírus, como a busca por uma vacina e um tratamento eficaz.

Notícias sobre o estudo que apontou a relação entre tipo sanguíneo e Covid-19 foram dadas pelos principais veículos do país, como a  Folha de S.Paulo, a Agência Brasil, a Band e o UOL.

Equipe NUJOC

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