Falso: pesquisadores de Harvard não concluíram que isolamento pode piorar a situação
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O NUJOC Checagem recebeu, por meio de parceria com o aplicativo Eu Fiscalizo da Fiocruz (disponível para Android e iOS), uma mensagem que circula nas redes sociais sobre os pesquisadores de Harvard concluírem que o isolamento social pode aumentar o número de casos por COVID 19. A mensagem também teria sido compartilhada pelo reitor da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), Marcelo Recktenvald.
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Com informações do Projeto Comprova, ao contrário do elucidado pela publicação, os pesquisadores de Harvard, afirmam que os estudos desenvolvidos por eles concluem que a rápida implementação de regras duras para o distanciamento social é necessária para controlar a epidemia do novo coronavírus.
Sob o contexto atual, o estudo ainda aponta que a implementação de distanciamento social em períodos intermitentes pode ser a melhor opção para evitar o colapso dos sistemas de saúde.
O estudo em questão foi divulgado no site científico MedRx, uma plataforma, voltada a veicular trabalhos que ainda aguardam “revisão por pares” – termo aplicado ao processo de validação dos métodos e conclusões das publicações científicas por outros especialistas da área. A pesquisa corresponde, portanto, a um relatório preliminar que não pode orientar práticas clínicas, pontua o Cold Spring Harbor Laboratory (CSHL). A instituição administra a plataforma juntamente com a Universidade de Yale e o periódico BMJ.
Acerca da atitude do reitor Marcelo Recktenvald, de acordo com o portal ND+ de Florianópolis (SC), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, despachou ao ministro Alexandre de Moraes um pedido para abertura de investigação contra o então reitor.
A sinalização positiva dada pelo presidente do STF ao relator do processo que investiga a disseminação de fake news foi em decorrência por denúncias de quebra de decoro do reitor, que é de Chapecó.
O gestor universitário teria ainda difamado e atentado contra a honra do próprio Alexandre de Moraes, dentre outros manifestos, por meio de uma conta pessoal no Twitter.