O tratamento precoce tem efetividade contra a Covid-19?

 O tratamento precoce tem efetividade contra a Covid-19?

Não há estudos robustos que sua eficácia

Do início da pandemia até os dias atuais, a aplicação das tão aguardadas vacinas contra a Covid-19 têm se mostrado como as ferramentas mais eficazes e comprovadas cientificamente na redução de óbitos e infecções causadas pelo novo coronavírus. Os estudos com outras medicações no trato da covid-19 ainda são inconclusivos e não apontam para a efetividade de nenhuma droga ou tratamento precoce eficaz, até o momento.

Medicações como a Hidroxicloroquina, Ivermectina e Azitromicina já foram descartados da gama de remédios eficazes contra a covid-19, pois, não há estudos robustos que comprovem sua utilidade. Há duas semanas, a FDA, órgão regulador equivalente à ANVISA nos Estados Unidos, divulgou em suas redes sociais  a seguinte mensagem: “Você não é um cavalo. Você não é uma vaca. Sério, pessoal, parem com isso”, afirmou a FDA na publicação, trazendo ainda um link para um posicionamento da agência, divulgado em maio deste ano, onde indica: “Por que você não deve usar ivermectina para tratar ou prevenir Covid-19”.

Entretanto, o assunto divide opiniões, inclusive, na comunidade médica onde os posicionamentos favoráveis e contra ao tratamento precoce são bem acentuados. Há algumas semanas, o vídeo de uma médica de Porto Seguro, na Bahia, viralizou nas redes sociais com a defesa atávica da doutora pela profilaxia como tratamento para Covid-19. A médica relata que por experiência própria, a intervenção antecipada com as drogas podem salvar vidas.

Em entrevista ao Estadão,o infectologista Alexandre Naime Barbosa, professor da Faculdade de Medicina de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e consultor da SBI afirmou que: Todas as estratégias, seja com Hidroxicloroquina ou qualquer outra (Ivermectina ou Azitromicina), estão em estudo e não se justifica o uso por experiência pessoal porque isso não é ciência, isso é empirismo”.  

Até agora, órgãos como a FDA, Agência Europeia de Medicamentos e a Sociedade Brasileira de Infectologia não recomendam o uso dessas medicações, pois, em algumas doses, a Ivermectina, por exemplo, pode ser tóxica ao organismo humano. 

Equipe NUJOC

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